Como já vimos em outros artigos, alguns fatores podem causar ou intensificar a queda capilar. O que sabemos é que em sua maioria ela está relacionada a saúde do organismo. Hoje, iremos falar sobre a relação da alopecia cicatricial e do lúpus.
O lúpus é uma doença autoimune, de difícil diagnóstico, que causa inflamação em todo o corpo, afetando múltiplos órgãos e tecidos, como rins, articulações, coração, pulmões, pele, entre outros.
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), uma estimativa em cerca de 65 mil pessoas convive com o lúpus, sendo a maioria mulheres.
Uma doença autoimune ocorre quando o sistema imunológico ataca seus próprios órgãos e tecidos por engano, uma reação exagerada de proteção, condição em que o organismo produz anticorpos contra si mesmo.
A maioria das doenças autoimunes são crônicas, ou seja, não são transmissíveis e podem ser controladas com tratamento. No caso do lúpus, ele pode atacar a região do couro cabeludo, causando a queda capilar severa, matando os folículos capilares.
A detecção e tratamento precoces auxiliam na regeneração dos folículos que foram destruídos, controlando o quadro. O uso de produtos adequados para revitalização da região do couro cabeludo auxilia no tratamento e recuperação.
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A queda capilar por lúpus é comum entre os portadores dessa patologia. Na maior parte dos casos é uma condição temporária, com melhora após tratamento correto. Porém, em alguns casos, pode resultar em alopecia cicatricial.
Precisamos entender que a queda capilar provocada por lúpus, pode ser dividida em dois tipos:
Queda capilar por Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
O mais comum, o lúpus sistêmico pode ser leve ou grave, dependendo de cada situação. Nesse caso, a inflamação afeta todo o organismo da pessoa, comprometendo múltiplos órgãos ou sistema. Algumas pessoas têm inicialmente o lúpus discoide e podem evoluir para o lúpus sistêmico.
No caso do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ocorre uma perda difusa dos cabelos, associada à atividade da doença e o cabelo volta a crescer quando a patologia está controlada.
Perda de cabelo por Lúpus Cutâneo ou Lúpus Eritematoso Discoide (LED)
O lúpus cutâneo ou discoide, limitado a pele do indivíduo, é identificado por lesões avermelhadas com tamanhos, formatos e colorações especificas na pele, principalmente no rosto, nuca e couro cabeludo.
Neste caso, ocorre em alguns pacientes, a alopecia em áreas especificas do couro cabeludo em que a perda de cabelos é permanente em decorrência da inflamação da doença, causando uma cicatriz definitiva: alopecia cicatricial. Os folículos pilosos são destruídos gerando um processo irreversível.
O acometimento da pele do couro cabeludo leva a atrofia, descamação e alteração da coloração da região afetada. As placas eritematosas possuem extensão variável potencialmente cicatriciais, graus variados de discromia, eritema e descamação peri/ interfolicular.
Dos pacientes portadores de Lúpus Eritematoso Discoide (LED), 5% podem evoluir para a forma sistêmica da patologia, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
O diagnóstico e tratamento precoces por um médico tricologista especialista logo no início dos sintomas pode ajudar a reverter o quadro e evoluir sem cicatriz.
O objetivo do tratamento do Lúpus Eritematoso Discoide (LED) do couro cabeludo é impedir o avanço ou retardar o progresso da queda dos fios, além de aliviar sintomas como coceira e ardor seguindo um tratamento específico.
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Lembramos que qualquer sintoma é fundamental buscar ajuda profissional para um diagnóstico precoce e a indicação do melhor tratamento para você.